Por fim

Por fim


No derradeiro descanso, certo e irremediável

não me importo de vestir preto ou branco,

não ligo que a cova seja funda ou rasa,

não quero saber quem vai chorar

(embora eu os ame)


Oque me espera, deixo por conta

não ambiciono entender,

quem dera eu, criatura, ser entendido


No derradeiro suspiro

não espero encontrar deslumbre

na verdade me envergonharia se assim o fosse


Apenas o esvaziar das minhas capacidades

por um tosco acaso, ou laço do destino

uma demonstração da natureza

para provar sua pluralidade magnânima 

ao desprezar o meu ser. 



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