A travessia do poeta
Não é de hoje que me fascina
O poeta, que de certo pela dor me cativou
Que submete o ser a sê-lo
Assim, transcrevendo poesias antigas
Ressenti cada ferida
E a cada rebento
Um novo pensamento
O discorrer de um tormento
Traz ternura ao sentimento
Opulenta pretensão
Torná-los belos para além de sua condição
Mas a beleza que lhes falta é compensada
Pela tranquilidade que deles exala
Pois muitas vezes quis falar
Mas por falta de palavras calei-me
Sem ainda saber nomear
Sofri com as chagas para iluminar
E delas devo sempre recordar
Pois sei que o destino travesso
Há novamente de nos atar.
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